sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Meine Reise nach Deutschland



Olá, pessoal! Faz muito tempo que eu não dou o ar da graça por aqui, não é mesmo? Pois é, muito tempo se passou e eu aqui novamente dando meu parecer virtual.

Desta vez, é para relatar pouco a pouco a minha tão sonhada viagem a Europa. Minha primeira viagem internacional. Até agora, eu não acredito que estive por lá, pisei em locais inacreditáveis e num piscar de olhos voltei para cá, para minha vidinha pacata porém com uma visão de mundo totalmente diferente do que era antes.

Quem me conhece há muito tempo, não acreditou na minha atitude de querer ficar um mês longe de tudo e de todos. Eu fui uma adolescente muito introvertida, tímida e complicada. Um exemplo de patinho feio e pessoa fora dos "padrões" mas que foi se soltando e sendo o que sou hoje, com o tempo. Confesso que não foi fácil, mas consegui. Porém imagine uma pessoa que tinha medo de virar à esquina de casa e de repente se vê a quilometros longe de casa, por si só, em um país totalmente estranho à primeira vista. Sim! Essa foi a reação da grande maioria! A maioria ficou feliz de ver tamanha mudança.

Mas, não estou aqui para falar do meu "eu lírico" e sim da viagem e das aventuras de uma "tresloucada" em país de gente estranha hehehehehe...

Antes da viagem, obviamente fiz um bota fora com todos que gosto. Sai, me diverti, me despedi. Na véspera da viagem, minha amiga de longa data (para não dizer melhor amiga), veio em casa e no dia seguinte ela junto com meus pais foram comigo até o aeroporto.

Falando em aeroporto... Meu Deus! Que frio na barriga quando eu coloquei os pés e fiz o check in até esperar o horário e quando finalmente chegou e vi outras pessoas se despedindo e chorando, eu não aguentei e, também desabei. Por besteira, obviamente, mas também porque estava cheia de inseguranças. Como seria o vôo? Será que as malas chegariam? Como seria a família?

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Abaixo a Síndrome do Coelho da Alice!!!


Com a febre do novo filme do Tim Burton, Alice no País das Maravilhas, andei observando a síndrome do coelho da Alice. Dai, vocês me perguntam, que diabos seria essa tal Síndrome? Ora, muito simples.
Vivemos num mundo globalizado, com rapidez das informações e com isso as atualizações são constantes e a cada milésimo de segundo algo novo acontece no mundo e todos ficam sabendo num piscar dos olhos.
Todos esses avanços, realmente facilita muito a vida de qualquer pessoa mas tenho visto muito o lado ruim da moeda. Cada vez mais as pessoas tem pressa. Pressa de chegar em casa, pressa de conseguir aquele aumento de salário tão esperado, pressa de assumir um relacionamento enfim, do meu ponto de vista, as coisas perderam a graça. Perderam a graça, porque não existe mais aquela sensação, aquela vertigem de como será o outro dia, da expectativa, as coisas acontecem de uma forma tão estranbelhada que nem dá tempo de sentir o gostinho.
Outra coisa que eu fica incorformada são em shows. As pessoas praticamente se matam para conseguir o ingresso daquela banda fantástica e quando finalmente estão cara a cara, o que elas fazem? Gravam o show numa filmadora minúsucla e assistem tudo pela pequena telinha... Gente que isso?
Não me conformo! As vezes acho que os tempos da minha avó eram tempos melhores, tempos em que as pessoas tinham mais contato entre si, as coisas aconteciam mais devagar e não havia aquela euforia histérica dos dias de hoje...
Abaixo a Síndrome do Coelho da Alice! Abaixo as pessoas que tem pressa de viver! E tenho dito!

sábado, 24 de abril de 2010

Zoropa ai vou euuuuuuuuuuuuuuu!!!!!!!

Depois de um tempo sem atualizar meu blog, resolvi sentar e contar sobre as minhas expectativas da minha viagem para a Europa.
Para quem me conhce há tempos, sabe muito bem que esse sempre foi um sonho muito antigo de minha parte.
Lembro-me como se fosse hoje, quando era criança, que sempre falava sobre viajar, conhecer o mundo e etc. E falava com tanta convicção que hoje escolhi como carreira (e filosofia de vida) trabalhar na área de viagens, hospitalidade, hotelaria e afins.
Mas e sobre a Europa? Minha vontade continua sendo conhecer a terra natal dos meus antepassados (Portugal, Espanha, França e Itália) e um dia isso o farei mas esse ano, decidi inovar. Eu vou passar uns tempos na Alemanha (o que nada me impede de escapulir para outros destinos, rs) e isso está me deixando ao mesmo tempo muito animada e insegura.
Animada porque era algo que eu sempre quis. Sumir de tudo e de todos por uns tempos, num lugar totalmente novo, com gente totalmente nova. Conviver com culturas diferentes me fascina. Eu sempre vou atrás do novo.
A insegurança às vezes bate justamente pelo medo do desconhecido. Tudo isso para mim é muito novo, viajar de avião pela primeira vez, ficar em casa de desconhecidos, ficar muito mas muito longe de casa num lugar que não fala uma língua assim digamos, bonita de se ouvir.
Eu acredito que será uma experiência maravilhosa e irei aprender muito com isso. Aprenderei com coisas boas e outras nem tanto mas o importante disso será que eu direi: "Eu vivi!"

domingo, 31 de janeiro de 2010

Bonjour Cherrie! C'est la Vie!

Dia desses eu cometi uma enorme gafe (não que eu tenha fica surpreendida com isso, mesmo porque já sou P.H.D nessas coisas). Realmente eu fiquei um tanto aborrecida com o ocorrido.
Meu pai tinha um amigo suíço, que vamos chamá-lo de Monsieur para não citarmos nome (mesmo porque meu pai realmente o chamava assim).
Ele foi chefe de meu pai na empresa que até hoje meu pai trabalha e por alguma razão eles criaram algum tipo de afinidade. Realmente, eu nunca tinha ouvido falar de uma relação de amizade entre chefes e empregados mas, esse tipo de relação existe e pode ser muito interessante.
Mesmo depois do Monsieur ter saido da tal empresa X que meu pai trabalha, ele continuou a manter contato com ele. Mandava uma ora ou outra, cartão de felicitações, de Natal ou simplesmente uma carta com uma caligrafia impecável. Eu não o conheci mas tinha uma simpatia por ele, afinal ele não fazia parte dos clichês europeus (que aliás verei isso de perto). Parecia ser uma pessoa simpática e adorável da maneira dele.
Houve um dia, que meu pai não recebeu mais notícias do Monsieur. O que tinha acontecido com ele?
Bom, até que ele descobriu... O amigo dele, estava com Mal de Alzheimer. Para quem não sabe, o Mal de Alzheimer é um doença degenerativa que afeta a memória da pessoa que sofre do mal, não havendo cura levando a um estado terminal. Geralmente, a pessoa não se lembra de fatos do passado mais recente e sim lembra-se de passados muito distantes, coisas que ficaram enterradas na mente e do nada ressurge.
No caso dele, ele praticamente não falava mais português (sendo suíço ele falava francês, italiano e provavelmente alemão, quem nasce na Suíça já nasce praticamente "trilíngue"). Lembro-me de meu pai comentando uma vez que ligou para ele e ele só falava francês, isso provavelmente o deixou aborrecido.
Voltando a gafe, eu tenho o filho do Monsieur num site de relacionamento qualquer ai. Foi aniversário dele e mandei um mensagem de cumprimentos e aproveitei para perguntar sobre o pai dele. A gafe (e a surpresa) foi saber que ele tinha morrido e que não houve tempo de sermos avisados.
Além de ter ficado um tanto sem graça (e ao mesmo tempo aborrecida), fui contar a meu pai sobre o ocorrido. Meu pai ficou chateado e todas as coisas que acontecem quando alguém de grande importância parte para outra.
Como já disse no começo, nunca o conheci (na verdade ele até me conheceu mas eu estava em estado de fraldas e devido a isto não me recordo). Mas sempre tive uma simpatia por ele. Meu pai uma vez me contou algumas histórias sobre ele e o começo dele aqui no Brasil. Ele era um engenheiro formado numa faculdade de grande nome de Paris e veio para o Brasil com um objetivo de melhorias e sonhos enrrustidos. Realmente um cara com uma mente ampla para novidades e provavelmente deve ter passado por poucas e boas até conseguir suas metas. Uma pessoa de bem com a vida.
Realmente, eu admiro pessoas que utilizam muita coragem para conseguirem ser felizes à moda delas. Por isso, por mais estranho ou difíceis que as coisas sejam, não desista nunca. Quando acaba um temporal, sempre surge o sol e isso é bom.
Monsieur repose en paix. Tu étais un homme de courage!