segunda-feira, 7 de setembro de 2009

E que Independência é essa afinal?


Certo dia, estava eu com uns amigos no Museu da Língua Portuguesa e no planetário das palavras, como chamam lá, declamaram um poema de Gregório de Matos, o Boca do Inferno em forma de rap e não é que após séculos e séculos o poema continua bem atual? Pois é...
Epílogos
Que falta nesta cidade?................Verdade
Que mais por sua desonra?...........Honra
Falta mais que se lhe ponha..........Vergonha.
O demo a viver se exponha,
Por mais que a fama a exalta,
numa cidade, onde falta
Verdade, Honra, Vergonha.
Quem a pôs neste socrócio?..........Negócio
Quem causa tal perdição?.............Ambição
E o maior desta loucura?...............Usura.
Notável desventura
de um povo néscio, e sandeu,
que não sabe, que o perdeu
Negócio, Ambição, Usura.
Quais são os seus doces objetos?....Pretos
Tem outros bens mais maciços?.....Mestiços
Quais destes lhe são mais gratos?...Mulatos.
Dou ao demo os insensatos,
dou ao demo a gente asnal,
que estima por cabedal
Pretos, Mestiços, Mulatos.
Quem faz os círios mesquinhos?...Meirinhos
Quem faz as farinhas tardas?.........Guardas
Quem as tem nos aposentos?.........Sargentos.
Os círios lá vêm aos centos,
e a terra fica esfaimando,
porque os vão atravessando
Meirinhos, Guardas, Sargentos.
E que justiça a resguarda?.............Bastarda
É grátis distribuída?......................Vendida
Que tem, que a todos assusta?.......Injusta.
Valha-nos Deus, o que custa,
o que El-Rei nos dá de graça,
que anda a justiça na praça
Bastarda, Vendida, Injusta.
Que vai pela clerezia?..................Simonia
E pelos membros da Igreja?..........Inveja
Cuidei, que mais se lhe punha?.....Unha.
Sazonada caramunha!
enfim que na Santa Sé
o que se pratica, é
Simonia, Inveja, Unha.
E nos frades há manqueiras?.........Freiras
Em que ocupam os serões?............Sermões
Não se ocupam em disputas?.........Putas.
Com palavras dissolutas
me concluís na verdade,
que as lidas todas de um Frade
são Freiras, Sermões, e Putas.
O açúcar já se acabou?..................Baixou
E o dinheiro se extinguiu?.............Subiu
Logo já convalesceu?.....................Morreu.
À Bahia aconteceu
o que a um doente acontece,
cai na cama, o mal lhe cresce,
Baixou, Subiu, e Morreu.
A Câmara não acode?...................Não pode
Pois não tem todo o poder?...........Não quer
É que o governo a convence?........Não vence.
Que haverá que tal pense,
que uma Câmara tão nobre
por ver-se mísera, e pobre
Não pode, não quer, não vence.

domingo, 6 de setembro de 2009

Manual de instrução de como viver? Não, obrigada...

Dia desses estava eu, numa revistaria, olhando o que tinha de interessante e me deparo com uma revista muito famosa para adolescentes. Resolvi dar uma folheada na revista para ver o que mudou nela e não fquei muito surpresa com o que vi... Não tinha mudado nada. Continua a mesma revista fútil, cheia de cultura inútil de sempre...
Porém, no fim da revista, havia uma crônica que me chamou a atenção... A autora discutia sobre os livros de auto ajuda. Ela, como eu, temos uma opnião muito negativa sobre esses livros. Bom, eu vou contar um pouco sobre isso...
Livros de auto ajuda é o que você mais encontra nas livrarias hoje em dia. Provavelmente eles superam os best sellers da vida, como Harry Potter e seus vários volumes e a série Crepúsculo... Mas o fato é? Para que servem?
Bom, minha opinião, é extremamente radical e para mim esses livros não servem para nada, o único beneficiado nessa história inteira é apenas aquele que o produziu e conseguiu vendê-lo. De resto, não tem nenhuma serventia...
Lembro-me quando minha mãe comprou "O Segredo". Quando chegou em casa começou a ler um pouco e do nada resolveu parar de ler. Perguntei qual era o problema e ela disse que achava que se tratava de uma história com começo, meio e fim e não um manual de instrução ambulante de como viver.
Peguei o livro e comecei a folhear e me deparei com um livro cheio de regras. Tão cheio de regras absurdas que me fizeram cair na gargalhada. O livro aborda sobre o poder do pensamento positivo, nada de ruim ai mas... Os autores colocam a culpa na falta de sucesso de uns e no azar dos outros pela falta de pensamento positivo... Coisas absurdas como a pobreza da África ser o que é hoje porque a população se deixou levar... Em partes pode até ser, mas pense... Chega um momento na vida que as pessoas se cansam e se rendem e não porque é exatamente culpa delas...
Me recordo também no começo desse ano, quando passei dias maravilhosos na baixada santista de férias com minha amiga e minha cunhada. Minha amiga, vamos chamá-la de "F", estava com problemas envolvendo sentimentos amorosos e ela me mostrou um livro que ela tinha comprado "O que toda mulher inteligente deve saber" e ainda me falou: "Agora eu vou conseguir dominar o dito cujo!". Eu achei tudo isso muito engraçado... Onde íamos lá estava a "F" com o livro e a cada coisa que ela lia, ela falava "ah, por isso não deu certo! vou tentar desse jeito então..." e continuava lendo e lendo...
Obviamente a curiosidade me fez querer dar uma folheda nesse livro (deixei o meu de lado que era muito melhor) e ver o que tinha de tão mágico nesse livro. Como sempre nada de interessante, só um livro cheio de regras e cheio de "exemplos" de como nunca, jamais deveríamos agir... Tudo bobagem...
Esses livros, só fazem criar uma ilusão de que podemos ser perfeitos. E que graça tem isso? NE-NHU-MA!!!!!!! A graça do ser humano é ser imperfeito!!!!! Eu não quero ficar pensando toda hora que sou positiva e que tudo será positivo na minha vida, eu não vou ficar com meu ego lá nas nuvens porque eu sou melhor do que todos nessa vida... Isso não tem cabimento... Temos que sofrer, ser o que somos e ser felizes... Na verdade, esses livros de auto ajuda me preocupam muito... Estão instruindo as pessoas a somente conviver com vitórias e o que acontece com a derrota? Eles não ensinam isso... Entendo que independente do que aconteça conosco, devemos tirar um aproveitamento disso, seja bom ou ruim, obviamente que se conseguimos o que queremos com muita vontade será muito melhor do que perdermos e quando perdemos, pode ser que no momento o nosso mundo desmorone, mas lá para frente mesmo que demore um pouco iremos compreender que foi o melhor a ser feito...
Basta! Não quero saber de manual de instrução para viver... Muito obrigada... Ah! E minha amiga? Bom, ela colocou as regras em prática e não deu certo e hoje ela está muito melhor sem ele...

sábado, 5 de setembro de 2009

Um poema...

Onde Você Vê...
Onde você vê um obstáculo,
alguém vê o término da viagem
E o outro vê uma chance de crescer.
Onde você vê um motivo pra se irritar,
Alguém vê a tragédia total
E o outro vê uma prova para sua paciência.
Onde você vê a morte,
Alguém vê o fim
E o outro vê o começo de uma nova etapa...
Onde você vê a fortuna,
Alguém vê a riqueza material
E o outro pode encontrar por trás de tudo, a dor e a miséria total.
Onde você vê a teimosia,
Alguém vê a ignorância,
Um outro compreende as limitações do companheiro,
percebendo que cada qual caminha em seu próprio passo.
E que é inútil querer apressar o passo dooutro,
a não ser que ele deseje isso.
Cada qual vê o que quer, pode ou consegue enxergar.
Porque eu sou do tamanho do que vejo.
E não do tamanho da minha altura.
(Fernando Pessoa)

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Criando asas...


E o mundo é grande demais para ficar parado... São tempos de voar e conhecer novos horizontes. Tempos de correr atrás dos sonhos, independente do que seja. Tempos para refletir e ir a luta. Estamos em tempos de voar. Enquanto somos jovens, devemos ser pássaros mas sem esquecer de quem fomos, quem somos e quem seremos e de aprender com tudo e com todos.
Mas chegará o tempo, que iremos nos cansar da vida de pássaro, procuraremos mais em ficar no acolhimento. E ai será o momento de transformação. Deixaremos de sermos pássaros para virarmos árvores.
Iremos aplicar o que aprendemos com nossas vidas para os futuros pássaros. Será o tempo de criarmos raízes e nos estabelecer para o restante de nossas vidas.
E que assim seja e assim será... Para todo o sempre...

Devo levar meu bichinho ou não? - Meu Trabalho de Conclusão de Curso



Em nome do amor que possuo pelos animais, eu fiz ano passado meu trabalho de conclusão de curso abordando hotéis que dão a possibilidade dos hóspedes de levar seu cão ou gato, ficando com eles no quarto e sobre os hotéis específicos para os animais.
Foi um trabalho duro, bem árduo mas que valeu a pena, principalmente pelas pessoas que conheci no decorrer da produção do trabalho. Em especial, conheci um senhor, ex-professor da Universidade de São Paulo (meu conterrâneo hehehehe), Antonio F. Costella. Ele escreveu um livro intitulado de "Patas na Europa" que conta a história do cão Chiquinho, que relata sua viagem para a Europa.
Vou publicar a minha transcriação (a reprodução de uma entrevista, segundo a técnica de História Oral). Para quem gosta de animais, vale a pena ver esse livro. Eu tenho o meu, com dedicatória e tudo!
"Desde criança, eu gosto de animais. Só que quando eu era criança, gostava dos animais de uma maneira errada. Punha alçapão, arapuca, etc. para pegar passarinhos. Quando eu era menino, tive sagüis, por exemplo. Não sei de onde arrumei, talvez comprasse de alguém da rua. Houve uma casa que morei no bairro das Perdizes que tinha um terreno muito grande, tinha todo tipo de bicho. Passou do limite no dia que cheguei com um bezerrinho. No fundo, quem cuidava de todos era minha mãe. Depois de muitos anos sem ter bicho, nasceu o Chiquinho na minha casa de Campos do Jordão. A mãe dele, era a cadela do vizinho. Naquele tempo, eu ia para Campos do Jordão só aos finais de semana. Ela resolveu dar cria na minha casa. Foi ai que apareceu o Chiquinho. Às vezes, quando tinha que tratar de um negócio com uma pessoa desconhecida, eu usava o Chiquinho. Quando recebia a pessoa, já deixava tudo programado. Eu recebia o sujeito, conversava com ele e a certa altura da conversação deixava que alguém abrisse a porta para o Chiquinho entrar. Eu ficava observando a reação dele com a pessoa. Se ele embirrasse, eu tomava mais cuidado com ela. Se ele se desse bem, era um indício favorável. É claro que eu não ia decidir as coisas da vida só em função disso, mas considerava importante a reação dele em relação à outra pessoa. Ele era uma espécie de conselheiro de negócios. A primeira vez que viajei com o Chiquinho foi quando vim a primeira vez para São Paulo, depois que ele nasceu. Em Campos do Jordão, acordei com um cachorrinho chorando e fui ver, e era ele que tinha saltado a tábua. Eu o levei para dentro de casa e sentei no sofá e fiquei com ele no colo. Quando pus de volta, a Lili, que era a mãe dele, passou a desconhecê-lo. Como dois dias depois era segunda feira, fiquei com medo que ele lá ia morrer porque ela não ia cuidar dele. Para a Europa, não é que eu quisesse, é que aconteceu. Naquela época, eu dava aula na Cásper Líbero. Em Portugal, estavam montando a faculdade de jornalismo. Então, por força de um convênio, feito com a Cásper Líbero, fui para lá dar aula e na ocasião se colocou o problema do Chiquinho. Ao todo, eu ficaria três meses na Europa, porque queria ir para outros países. Eu falei com o veterinário que confirmou que provavelmente ele morreria se eu não o levasse. O Chiquinho não comia quando a gente não estava em casa, só quando eu e minha mulher estávamos junto com ele. Ele não teve tempo de aprender a ser cachorro, achava que era gente. Eu avisei que iria, mas só se pudesse levá-lo. Fiquei em um hotel diferente do outro hotel onde ficaram os outros professores. Aquele que eles ficaram não aceitava cachorro. Foi em Janeiro de 1989. Para se viajar com um cachorro precisa fazer uma exportação de animal e um atestado do veterinário que informa a situação de saúde. Tive que pegar esse atestado, levar ao ministério da agricultura que foi substituído por outro documento assinado por um veterinário oficial. Com esse documento, fui ao consulado de Portugal para pedir autorização. Na hora do embarque, tinha um veterinário esperando lá no aeroporto, que o examinou de novo. Foi mais complicado a preparação dele para a viagem porque ele nunca tinha dormido em uma casinha. Em Campos, ele dormia dentro de uma biblioteca e em São Paulo, dormia dentro de casa. Eu precisava fazer com que ele ficasse dentro de uma caixa por isso, comprei uma caixa para transporte e tentei colocá-lo e ele não queria. Fiquei tentando ensinar, colocar a comida lá dentro, para ver se ele entrava. Fui fazendo uma familiarização. Na viagem ele teve que ir dentro dessa caixa. No avião, cachorros pequenos com menos de sete quilos podem ir em uma caixa na cabine, mas no caso do Chiquinho que tinha vinte e dois quilos, teve que ir no porão. Quando chegamos a Portugal, ele estava desacordado. Ao todo, foram onze horas de viagem. Na Europa, para evitar complicações, fiz a viagem inteira de carro. Tomei a cautela de levar uma capa para pôr no banco de trás para não dar nenhum problema. Só quando fui atravessar da Itália para a Grécia, precisei utilizar um navio. Os países europeus que fui com o Chiquinho foram Portugal, Espanha, França, Itália e Grécia. Na França, nunca encontrei um hotel que não aceitasse cachorro. Lá, existem hotéis que não aceitam crianças, mas não vi nenhum que não aceitasse cachorro. Na portaria, na tabela tem o preço de uma hospedagem de um solteiro e o preço da hospedagem de um cachorro que normalmente é dez por cento do preço do que se paga pela hospedagem de uma pessoa. Há hotéis que dão comida para cachorro. Houve um, por exemplo, que chegaram a me perguntar se ele comia ração ou se ele comia comida para que então preparassem o prato dele. Um lugar complicado para se viajar com cachorro é a Grécia. É muito difícil um hotel que aceite cachorro. Na Grécia, fui obrigado me hospedar no Hilton, hotel de rede internacional. Normalmente, eu não viajo ficando em hotéis tão caros, mas fui obrigado a ir. Em Corfu, não houve nenhum hotel que aceitasse cachorro, exceto o Hilton. Em Atenas, fui direto ao Hilton até descobrir outro hotel que foi mais ou menos por sorte. Era um prédio que tinham reformado pra transformar em hotel. Tinha sido inaugurado no fim de semana, e eles estavam com pouca ocupação dos quartos. Com cachorro ou sem cachorro acharam que valia a pena alugar. Na Espanha, em Oviedo, também não encontrei nenhum hotel que aceitasse cachorro. Encontrei um que tinha garagem subterrânea, que ficava protegido inclusive do frio então, ele dormiu no carro. De uma geral, o negócio é assim, quanto mais atrasado é o país mais difícil é viajar com um cachorro. Quanto mais civilizado o povo, mais fácil você viajar com o cachorro.Houve outras atitudes que eu tive que fazer por causa dele, por exemplo, eu normalmente o levava de manhã e à noite para que pudesse fazer suas necessidades. Em viagem, ia parando o carro. Além disso, quando eu chegava ao destino, eu andava com ele antes dele dormir. Em questão de alimentação, em Portugal, foi mais fácil porque a gente comia todo dia quase no mesmo restaurante. O café da manhã era sempre igual. Houve algumas coisas que a adaptação foi fácil, por exemplo, lá eles usam muito croissant e ele gostou então, todo café da manhã, eu pegava um croissant para dar para ele. Íamos comer no restaurante, e às vezes trazíamos uma marmita para ele. Um pouco de ração tinha levado. Ele nunca tinha comido ração, estava acostumado com comida. Eu tive que acostumá-lo antes da viagem a comer ração. Nos locais turísticos, sendo em áreas externas ele ia junto. Agora, em locais fechados, ele ficava no quarto do hotel. Eventualmente, ele ficava no carro enquanto eu ia ver o que eu queria visitar. Eu não ficava insistindo em levá-lo em lugares que havia muita gente. Dei preferência na viagem, como passeio, as cidades pequenas, exceto Atenas, que eu ainda não conhecia.Viajar com um cachorro tem uma série de dificuldades, o melhor é que ele não viaje. Se ele estivesse acostumado com outras pessoas, além de nós, teria sido melhor que ele ficasse. O cachorro não tem o mesmo aproveitamento da viagem que nós. O gosto dele é estar no lugar dele. No território dele, ele se sente mais feliz. O melhor é não viajar com o animal, que não se crie tanta dependência. A única vantagem em se viajar com um animal é só afetiva, no sentido de não ficar preocupado com ele, ter a companhia dele, saber que ele está bem. É a mesma coisa quando você tem um filho pequeno. De resto é só desvantagem, porque tem a dificuldade de ficar em algum lugar, não poder viajar do seu jeito, tendo que fazer opções, fica limitante. Já idéia do livro “Patas na Europa” surgiu assim: Como nunca tinha ficado em Portugal tanto tempo, como naquela ocasião, eu pensei sobre a viagem. Por outro lado, o Chiquinho em viagem, sempre ficava no banco de trás e sempre dava uma “espiadinha”. Ele sempre ficava no banco de trás, com o queixo no meu ombro e várias vezes, eu pensava “O que será que esse cara está achando do que ele está vendo?”. Era tudo completamente diferente do que ele já viu. Quando comecei a fazer o livro da viagem, juntei essas duas coisas, fazer um livro e de como será que o cachorro viu a viagem. Eu acabei fazendo com o Chiquinho narrasse a viagem, o que me deu margem para um monte de coisas que eu não poderia fazer na primeira pessoa sendo eu como narrador. Em toda a viagem, ele vai falando com fantasmas. Ninguém pode provar que cachorro não vê fantasmas. Foi daí que surgiu a idéia!"

E vamos levar tudo isso para onde?


Fico muito intrigada, ao saber que há uma falta de respeito enorme e de gente solta por ai que é capaz de tudo, mas de TUDO mesmo para alcançar seus objetivos de vida. Pessoas que esquecem de princípios maravilhosos como amizade, amor, fraternidade, cooperação, entre inúmeros outros que estão adormecidos numa caixinha de brinquedo.Não estou falando apenas de nosso cotidiano normal. Quantas vezes não vemos notícias na TV relatando descaso com a sociedade humana em que vivemos???? Pessoas morrendo de fome, vivendo numa precariedade, sem nenhuma qualidade de vida?
Ainda tem gente capaz de afirmar que o mundo do século XXI passou por grandes mudanças tecnológicas beneficiando o mundo.Bom, concordo em partes. Tais mudanças englobam todos? Claro que não...O descaso não ocorre somente com as pessoas. A natureza também é vítima dessa indiferença humana. Quantas árvores são queimadas para darem espaço para novos pastos? Quantos animais são sacrificados à toa somente pelo capricho? Tal desrespeito com a natureza trará graves conseqüências para todos nós...Ai eu me pergunto... Para que tudo isso? Alguém avisa que tudo isso não vai levar à lugar algum ?Do que adianta levar vantagem em tudo e destruir tudo e no fim das contas no tal dia do juízo (se é que isso existe!) tudo o que foi almejado não irá levar em conta? A não ser que sejamos descendentes de famílias de grandes faraós, que supostamente levavam tudo para o outro lado da vida. Você se lembram das aulas de história que se o faraó morria todos deveriam morrer juntos? Outro aspecto egoísta do ser humano. O mundo tem sempre que girar em torno do umbigo próprio.Para que investir em tanta tecnologia se ainda existe gente morrendo por total descaso?
Creio que o “esquecimento” dos excluídos é a maior vergonha do século XXI...Nós humanos, nos achamos muito superiores em relação aos outros tipos de vida existente no mundo, mas, se somente a espécie humana existisse que graça haveria? No meu ponto de vista nenhuma...
Já pensou andar pelas ruas e não ver nenhuma planta, flor ou bicho passeando? Que sem graça... O mundo precisa de sentimentos e respeito e isso está muito raro. Diria que praticamente é inexistente e isso é ruim, pois, cada vez mais as pessoas estão virando pedrinhas de gelo ambulante... Quando há cooperação sempre há um interesse escondido por trás. Que tristeza... Tenho esperança, que ao menos existam pessoas, principalmente as crianças, que acreditem num mundo que pode melhorar, temos de colaborar com tudo e com todos. Afinal, entramos neste mundo com dia e hora marcada e saímos do mesmo jeito. Então, será que iremos levar nossos caprichos e nossa ganância para o outro lado? De jeito nenhum...

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

E vamos em frente...

Havia um tempo que eu não dava o meu ar da graça por aqui... E realmente foi um descuido meu, ter deixado um longo tempo esse meu blog de lado (minha última postagem foi em Maio!) e devido aos últimos acontecimentos de minha vidinha, resolvi escrever algo por aqui... Aliás, sempre gostei de escrever, para quem me conhece de verdade sabe do que estou falando... Sempre tive jeito para escrever, mas com o passar do tempo acho que fiquei muito enferrujada...Hoje, resolvi escrever, para desabafar tudo o que estou sentindo, acho que é o melhor a fazer, e sempre quando estive com os sentimento a flor da pele sempre consegui me expressar melhor. Não sei se conseguirei isso hoje mas vou tentar. Vou escrever de emoções, emoções femininas na realidade...Bom, pelo assunto dá para perceber que toda essa "revolta" tem algo envolvido... Recentemente passei por uma decepção, não sei ao certo se o termo "decepção amorosa" se encaixaria aqui, mas enfim, decepção porque era algo que me fez realmente sonhar novamente, aquela sensação super legal de quando se começa a gostar de alguém, aquela sensação que mal vê a hora de ver a pessoa novamente,de contar os minutos, as famosas borboletas no estômago. Até que bate aquela insegurança, aquele sexto sentido e intuição (que só quem é mulher sabe do que estou falando), alguns contratempos e desentendimentos, chegando a um ponto final, deixando muitos ressentimentos, que geralmente só ficam para as mulheres, os homens quando dão o famoso "pé na bunda" no outro dia já estão na "caça" novamente. Decepção porque o que você acreditava era apenas uma farsa...Na realidade, sempre existiram e sempre existirá diferenças no modo de pensar entre homens e mulheres, é algo que existe desde os tempos mais primórdios e mesmo nos tempos atuais ainda existe muita discusão sobre o assunto... O que para os homens é simples e descomplicado, para as mulheres é algo mais rebuscado, envovendo muitos sentimentos e isso gera conflitos, esse parte eu posso chamar de natural.Muita coisa mudou de fato, antigamente as mulheres eram doutrinadas a serem donas de casa exemplares, moças recatadas, de boa família, não precisava ser muito inteligente, aliás eram pooucas as mulheres que frequntavam escola e até mesmo faculdade. Aquela que fosse contra as idéias da sociedade da época, era mal vista e praticamente ficava com uma mão na frente outra atrás. Parta o homem não, ele podia (e ainda pode!) fazer o que bem entendesse e era (e é) considerado normal, porque se não o fizesse iriam começar a desconfiar da opção dele. Isso é muito bem aceito até hoje e geralmente isso começa em casa.Até que um belo dia, um bando de mulheres tresloucadas decidiram se juntar e fazer um protesto e queimar sutiãs por ai, para mostrar que nós poderíamos ser rebeldes a nossa maneira... Essa tentativa de protesto (para quem não sabe não foi permitdo queimar os sutiãs em praça pública) causou uma reação na sociedade, impulsionando a mulher a buscar cada vez mais seu espaço, no mercado de trabalho, na forma de se vestir e nas suas opções como mulher! Foi a época que surgiram mini saias, biquinis, anticoncepcional, etc. E isso foi ótimo, as mulheres mostraram que poderiam ousar e até serem melhores do que o sexo oposto.Hoje podemos perceber que estamos conquistando mais espaço, se você for a qualquer universidade de São Paulo, por exemplo, perceberá que a maioria nas salas de aula são mulheres, os melhores alunos são mulheres, profissões que exigem cuidados com detalhes a maioria são para mulheres, muitas empresas de renome são lideradas por mulheres e por ai vai.Também existe o lado negativo de tudo isso, as mulheres principlamente de camadas sociais mais baixas, possuem dupla jornada de trabalho, quando saem do emprego chegam em casa e ainda tem que cuidar da casa, dos filhos e do marido, fora aquelas mulheres que ficam mais bem sucedidas que o companheiro amoroso, causando atritos, levando a um possível rompimento. E além disso, as mulheres que vão contra algumas idéias impostas pela sociedade atual, são mal vistas. Aquelas que se preservam são mal vistas porque se preservaram, são taxadas de santinhas, sonsas e aquelas que são ousadas são mal vistas porque são ousadas (não preciso dizer qual o termo usado não é mesmo?). Não existe meio termo. Por isso o preconceito ainda existe, ainda existe um pouco de submissão no fim das contas. Se você não faz o que te impõe, você é excluído e isso não é justo. Somos, independente do que seja, seres humanos.Bom, como eu já disse lá no começo, as diferenças são muitas, como aquele livro (não gosto de livros de auto ajuda, se eles realmente fossem eficazes, não teria tantos exemplares de diferentes assuntos nas livrarias) "Por que os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor?" de Allan Pease, que aborda de uma forma divertida situações cotidianas entre homens e mulheres, que nos faz tirar a conclusão que essa "briga" nunca vai acabar.O homem sempre leva para o lado racional das coisas, sendo muitas vezes rude e grosseiro e a mulher sempre levando para o lado emocional, muitas vezes idealizando algo que nunca existiu e jamais existirá, criando desapontamentos. E mesmo com tudo isso, não conseguimos viver sem a presença do oposto, do nosso "ying-yang".Toda essa questão filosófica, me passou pela cabeça, quando fiquei decepcionada com o "X" da questão que relatei no começo do texto. Isso é algo que será muito frequente na vida de qualquer pessoa, nos depararmos com biotipos que se julgam os dominadores (o que no fim das contas não é, sempre aparece alguém com uma capacidade maior de manipular e dominar) e me fez acreditar que a esperança é a última que morre e que pode ser que demore muito para que encontre alguém que me faça me sentir nas nuvens novamente e vice versa, alguém que tenha os mesmos ideais que eu, ou quase, não procuro alguém que seja minha cópia idêntica, só procuro alguém interessante, longe de falar de casamento, mesmo porque esse não é meu ideal de vida, mas isso discutiremos uma outra hora.Enfim, enquanto isso, vou continuar com minha vidinha feliz de como era antes e mais do que nunca levanto o lema "antes só, do que mal acompanhado", e vou tocando em frente... Uma hora aparece, sem pressa e é ai que a mágica acontece.

sábado, 16 de maio de 2009

Clair de Lune...


Hoje estava eu fazendo minhas coisas no computador, trabalhos da faculdade como sempre, e do nada surge uma luz piscante no meu msn e quando eu vi quem era fiquei muito contente! Era minha amiga Soraya que fez cursinho pré vestibular comigo no Etapa e com ela vivi um pouco das neuras e estresses que qualquer adolescente passa antes de prestar o vestibular...
Faz muito tempo que não vejo a Soraya, aliás devo dizer que que desde o fim do cursinho e meu ingresso na USP nunca mais a vi... Por um longo tempo fiquei sem falar com ela, cada uma foi para um lado e cada uma tentando resolver sua vida acadêmica, eu na USP e ela no Mackenzie, estudando como autênticas CDF's hehehehe... Por isso quando amigos meus somem do nada eu não fico chateada eu sei que estão lutando para conseguir uma vida melhor mas às vezes eu fico preocupada com eles e notícias de vez em quando não faz mal a ninguém, não é mesmo?
Recentemente retomei o contato com ela e para minha surpresa foi como se nunca tivéssemos deixado de nos falar parecia que tínhamos conversado no dia anterior... Realmente acredito que a amizade com a Soraya é algo que irá durar para sempre...
Ela é uma pessoa admirável e cheia de talentos e um talento que eu admiro muito nela é sua desenvoltura no piano (apesar dela afirmar que nunca tá bom). Como toca piano a guria! E justamente hoje que estava meio desanimada, vi aquela janelinha piscante e ela me disse que tinha uma surpresa para mim... Eu curiosa comecei a enchê-la de perguntas... Até que ela me mandou a tal surpresa... A música "Clair de Lune" de Debussy... Adoro essa música!!!!!
Certo dia eu contei para ela que adorava essa música, pois ela me lembrava os tempos em que eu freqüentava as aulas de balé e que tinha ficado um pouco esquecida até eu ver o filme "Crepúsculo" no cinema... Para quem não sabe e para quem não leu ou não assistiu "Crespúsuclo" o personagem principal, Edward Cullen, o vampiro mais charmoso da história vampiresca (risos) é um grande apreciador de música clássica e quando vi a música no tocar no meio do filme, lá estava eu, viajando e surtando no meio do cinema!!!! Essa música realmente faz com eu fique imersa em meus pensamentos sem falar que eu me identifiquei muito com a história do Crepúsculo...
Muitas descrições da personagem Isabela Swan bate comigo (bom, todos os fãs da série deve achar algo de sí nos personagens) e da maneira como ela não parava de pensar no seu vampiro querido... Fiquei extremamente impressionada com algumas coisas que eu vi e simplesmente sai de lá confiante porque se ela conseguiu algo considerado impossível (se apaixonar por um vampiro e ficar com ele de fato), eu também acredito que vou conseguir o que quero, um amor que se foi mas tenho certeza que logo, logo isso se resolverá...
Retomando a minha amiga, a música Clair de Lune não era qualquer gravação e sim a própria que gravou! Para variar a Soraya colocou muitos defeitos e eu achei maravilhoso! Ela me disse que era uma surpresa para mim e que estava pensando em gravar um cd e tentar a área de pianista e que tinha sido eu a pessoa que a incentivou a começar a gravar para ouvir a sí mesma e se aprimorar cada vez mais.
Eu fiquei muito feliz por isso e a incentivei muito! Eu acredito que se temos um sonho, temos que lutar por ele até o fim! Não importa as dificuldades se queremos muito algo, temos que idealizá-la até que se concretize (viva o livro O Segredo! hehehehe) e é isso que eu desejo a todos meus amigos de coração... Não tenho muitos amigos, mas os poucos que tenho sei que vou poder contar com eles até a eternidade...
Muito sucesso Soraya, você é uma pessoa fenomenal e tenho certeza que conseguirá realizar seus sonhos!
PS: Falando em sonhos, noite passada sonhei com uma amiga me dando uma notícia de que tinha conseguido emprego e hoje recebo notícias da própria me falando exatamente o que eu tinha sonhado... Gente quem quiser saber do futuro fale comigo!!! Não é a primeira vez que isso acontece!!! hahahahaha... Meu lado bruxa é infalível!!!!!!!!!!!!

Um poema...

Esse poema é um dos meus preferidos de Olavo Bilac, espero que vocês também gostem...

Via Láctea
Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso! E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto …
E conversamos toda a noite, enquanto
A via láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora: “Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?”
E eu vos direi: “Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas.
Olavo Bilac

São Paulo da minha vida...

Já tinha um certo tempo que eu não escrevia nada por aqui... Bom, hoje com o friozinho de típico de São Paulo, que por sinal eu amo e faz me sentir uma verdadeira paulistana da gema, ou quase, porque na realidade nasci em São Bernardo região da grande São Paulo, então sou paulista mas por passar grande parte do meu tempo em São Paulo ou quase eu me considero uma paulistana nata e defendo minha cidade com unhas e dentes...
Eu gosto muito de São Paulo, pela sua diversidade cultural, gosto de conviver com pessoas que vieram de todos os lugares do Brasil e do mundo e adotaram a cidade como sua residência fixa... Tenho vontade de passar um tempo longe de minha pátria e hoje estou passando um tempo longe de minha cidade mas de uma coisa eu sei, mesmo no futuro morando no exterior ou em outra cidade do Brasil eu SEMPRE vou dar um jeito de fazer uma visitinha para minha São Paulo...
Na outra postagem eu falei sobre o bairro da Liberdade e hoje vou falar de um passeio que fiz com meu pai no mês passado...
Todas as sexta feiras da semana, meu pai está ficando em casa, por causa dessa crise inventada porque em minha opnião não há a necessidade de acontecer o que está acontecendo de reduzir jornada de trabalho e salarios (mas isso é outro assunto para outra postagem). Tendo as sextas livres, ele aproveitava para fazer algo do seu interesse que por sinal não é nunca descansar. Uma sexta ele pintava a garagem, a outra fazia faxina, na outra inventava outra coisa e por ai vai... Bom, com tudo isso ele não aproveitava esses dias "livres" para descontrair a cabeça...
Daí tive uma idéia... Um dia precisava ir para a faculdade para devolver uns livros e resolver outros assuntos antes de começar a trabalhar, e propus um roteiro de "passeio"... Iríamos até a USP para que ele pudesse conhecê-la (absurdo não é? Meu pai não conhecia as instalações da USP! Como pode!) e dali iríamos até a Estação da Luz para que ele pudesse conhecer o Parque da Luz, José Paulino e a Pinacoteca do Estado ou o Museu da Língua Portuguesa (ficaria ao critério dele qual museu ele gostaria de ir).
E lá fomos nós! Primeiro a caminho da USP! Fiquei observando meu pai o caminho todo! Ele ficou muito, mas muito empolgado! O trem para ele foi uma novidade! Ele me disse que nunca tinha andando de trem na vida e ele ficou observando a "paisagem" do Calmon Viana até a USP... É muito engraçado isso, porque quem pega todo dia como é meu caso fica de saco cheio, principalmente com as bizarrices que eu vejo por lá...
Chegando a USP, meu pai ficou muito contente com o que viu! Ele ficou muito satisfeito com as instalações da USP me disse estar muito satisfeito em ver que o Estado aplicou muito bem o dinheiro público... Eu lhe disse que tinha uma surpresa para ele... Levei minha máquina fotográfica e dei para ele tirar fotos do que ele quisesse... Ai começou a sessão fotografia...




Meu pai tirou muitas fotos da faculdade... Ele me disse uma coisa que eu achei bem interessante... Me disse que era bom tirar fotos para num futuro próximo eu retornar para lá e fazer uma comparação e ver todas as mudanças (boas, eu espero!)... Realmente! Quando passei no vestibular e comecei a frequentar as aulas, eu vi muitas mudanças... O campus começou pequeno e aos poucos foi crescendo e ainda continua em processo de crescimento... No primeiro ano a faculdade mais parecia um colégio pela pouca quantidade de pessoas e aos poucos foi "povoando" até realmente parecer uma universidade de verdade! Jamais nunca imaginei que iria parar tão longe para poder realizar o sonho de fazer um curso universitário, financiado pelo Estado na melhor Universidade do país! E consegui! Graças a meu esforço, ao apoio de meus pais e pela força divina!E estou na reta final agora com muitas oportunidades vindo! Após fazer tudo o que eu tinha que fazer, saimos da USP e fomos fazer nosso tour programado... Pegamos o trem de volta, descemos na estação Tatuapé e dali pegamos outro até a Estação da Luz e meu pai mais uma vez ficou observando tudo ao seu redor... Quando chegamos na estação em questão meu pai ficou boquiaberto, soltando um sonoro "Nossa!" impressionado com a "presença" da Estação...


Para quem não sabe, a Estação da Luz foi um projeto realizado por engenheiros ingleses e todo o material para a construção da estação veio da Inglaterra... Estava há um tempo totalmente abandonada e passou por um processo de revitalização e voltou a mostrar sua "Luz". Contei para meu pai que às vezes eu preferia descer nessa estação quando voltava da USP para poder apreciá-la à noite (é muito bonito!).
Saindo da Estação, fomos ao Parque da Luz, um parque que tem por volta de 200 anos de história! Toda vez que caminho por lá, minha imaginação rola solta... Como tem características do passado, imagino as damas de época passeando pela grama com seus longos vestidos, espartilhos e sombrinhas e os cavalheiros de chapéu, cartola e seus monóculos passeando ou fazendo um pique nique no parque...
O que chama a atenção do parque atualmente é uma família de bicho preguiça que o habita... Há mais ou menos uns cinco animais por lá e nesse dia tive a oportunidade de ver um de pertinho... Uma pena que o bicho preguiça em questão estava doente, estava gripado, eu espero que já esteja melhor...

Após o passeio no parque fomos até a Rua José Paulino, loja conhecida por vender roupas, acessórios e sapatos a um preço mais acessível... Resumindo é o paraíso de qualquer mulher! Mas não fomos fazer compras, fomos até uma lanchonete próxima da José Paulino para degustar o genuíno Bauru Paulista feito por um português de origem chinesa! Adoro essas misturas de São Paulo...Após termos apreciado o sanduíche, vimos que não daria tempo de conhecer os dois museus... Daí surgiu a dúvida, qual deles visitar? O Museu da Língua Portuguesa que é totalmente interativo ou a Pinacoteca do Estado? Os dois são muito interessantes mas chegamos a conclusão de que a Pinacoteca seria mais interessante já que a vontade de meu pai de conhcer o prédio era muita...Dito e feito! A Pinacoteca do Estado foi projetada e construída por Ramos de Azevedo e possui um estilo bem rústico, digno de ficar maravilhado! E foi o que aconteceu com o meu pai! Ele adorou o estilo do prédio.




Na Pinacoteca você pode se deparar com o acervo permanente com obras de Victor Brecheret, Tarsila do Amaral, Cândido Portinari, Anita Mafalti, entre outros artistas que fizeram história no país ou pelo mundo... O museu também oferece exposições temporárias o que é muito interessante também pois dá a oportunidade de muitas pessoas conhecerem obras interessantes e conhecidas... Uma obra temporária lá me chamou muito a atenção... Um relógio! Sim um relógio que ficava no chão e marcava somente os minutos. A cada minuto o relógio fazia um ruído diferente... Após um tempo olhando para o relógio é que me toquei do que o artista queria dizer: O relógio representava nossa vida e o motivo dos ruídos diferentes a cada minuto era para mostrar que cada minuto da nossa vida é diferente e nos transforma...



Antes de irmos embora, fomos até a Cafeteria da Pinacoteca, tomar o melhor café de São Paulo... E ficamos sentados nas mesinhas conversando e aprecidando a paisagem...


Depois de tomar o café, que por sinal estava delicioso fomos embora... Estamos combinando de retornar novamente ao Parque da Luz para visitar o Museu da Língua Portuguesa e a exposição de carros antigos... São Paulo é uma cidade cosmopolita mas se você souber procurar (e não precisa de muito tempo de procura), você encontrará coisas muito interessantes sobre a cidade e sua história... É muito bom valorizar nossa história e nosso patrimônio porque ela é nossa identidade, mostra quem fomos, quem somos e quem seremos!

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Liberdade pra dentro da cabeça...

Bom, hoje eu acordei saudosa do bairro da Liberdade... Faz um tempão (na verdade desde o finalzinho de janeiro) que eu não dou uma passadinha por lá e agora pode ficar um pouco mais difícil porque começarei a trabalhar e com a rotina agitada dificilmente conseguirei arranjar tempo para ir lá sapear as novidades...
Vou contar um pouco da minha fixação por esse bairro de São Paulo... Conheci o bairro quando meu irmão estava fazendo curso de fotografia pelo SENAC e ele escolheu o lugar para fotografar o cotidiano. Eu curiosa do jeito que sou, fui conhecer e advinha? Foi amor a primeira vista! Simplesmente A-MEI o bairro!!!!
Andar por aquelas ruas com aquelas luminárias japonesas, ver algumas lojas e até bancos com letreiros escritos em japonês, o jardim (inclusive o Mcdonald's tem um) tipicamente oriental me chamou muito a atenção... Sem falar dos mercadinhos típicos e da feirinha típica da Liberdade... Me senti em outro país, principalmente quando vi algumas senhorinhas japonesas sentadas no banco da praça conversando em japonês.Eu tinha uns onze anos e dali em diante nunca mais esqueci aquele lugar...
Lembro-me muito bem quando chegou a época de fazer cursinho pré-vestibular, da desculpa que eu dei para meus pais de fazer o curso lá. Falei que ficava ao lado do metrô, aliás não era ao lado, era praticamente no metrô, você saía do metrô já estava dentro do Etapa São Joaquim... Tudo desculpa para dar umas escapadinhas e perambular pelo bairro...
A Liberdade também representa para mim a minha "liberdade". Eu explico melhor. Antes de fazer cursinho, eu era muito insegura, estudava perto de casa, mas meus pais me levavam e me buscavam todos os dias e eu morria de medo de andar sozinha... Qualquer coisa que eu tivesse que fazer, eu tinha que levar ou minha mãe ou meu pai a tiracolo. Morria de medo de ir até a padaria que fica na esquina de casa!
Fazer cursinho na Liberdade fez com que eu aprendesse a andar de ônibus e metrô sozinha e que perambulasse sozinha reagindo com as situações mais bizarras que surgissem (estamos falando do centro de São Paulo, tem muita coisa bizarra, hehehe...) e eu adorei isso!
Eu me lembro que aos sábados, as aulas terminavam mais cedo e lá ia eu passear pelo lugar e sempre que possível voltava com alguma bugiganga oriental (geralmente com a Hello Kitty estampada) ou com algum doce japonês para comer em casa com minha mãe e meu irmão (meu pai não gosta desses doces).
A Liberdade me deu um gostinho especial de aprender a se virar e "sair da toca" porque seis meses depois eu passei na USP e descobri que passei por um aprendizado pois, eu iria enfrentar um caminho mais duro pela frente e estou vencendo!
Agora, como uma bela apreciadora do bairro, eu irei descrever alguns locais que gosto de ir. Quem sabe você meu caro leitor, não se anima e vá conhecer um pouco do meu cantinho preferido de São Paulo.
Vale a pena descer no metrô São Joaquim para visitar o centro de cultura japonesa que está na Rua São Joaquim e verificar os eventos. Um que é muito conhecido é a feira de orquídeas, não seu ao certo qual é a época que acontece mas, provavelmente, é no início da primavera.
Aos finais de semana ou no final do ano (que tem todos os dias por causa do Natal), visite a feira de artesanato da Praça da Liberdade. Vale muito a pena! Lá você REALMENTE encontra trabalhos interessantes, eu destaco a barraquinha de brincos e de móbiles em origamis, um luxo!
Além disso, na praça tem uma loja de pedra brasileiras que se encontra de tudo. Decoração, bijuterias, postais e muito mais que pode ser enviado para um amigo distante...

O coração do bairro sem dúvida é a Rua Galvão Bueno. Lá você encontra mercadinhos tipicamente orientais e também galerias e uma perfumaria enorme que você encontra de tudo o que você pode imaginar! Para quem gosta de conhecer sabores exóticos, experimente os docinhos "dorayakis" que são massinhas doce de panqueca, rechedadas com doce de feijão azuki, uma delícia.
Além disso, não deixe de experiementar a nova sensação do bairro, o sorvete "Melona". Comprei um na época que imita uma fatia de melancia! Até tem semente só que no caso do sorvete, elas são de chocolate...
Na Rua dos Estudantes, você pode frequentar a "Itiriki Bakery", uma padaria inspirada nos modelos nova iorquinos. Não deixe de experimentar o pão no vapor e o "pobá" um suco coreano com sagú, uma delícia... A padaria também oferece outras iguarias muito interessantes...
Falou em festas? A Liberdade também tem! Eu fui na Celebração da Virada de Ano em que os japoneses distribuem o bolinho de arroz "moti". Eles acreditam piamente que se você comer esse bolinho no primeiro dia do ano, você terá sorte o ano inteiro... Eu fui garantir a minha, hehehehe...
Além disso eu fui na Celebração do Ano Novo Chinês. Esse ano é regido pelo búfalo (meu signo chinês) e dizem que é um bom ano, mas você tem que lutar muito por ele...
Um festival que eu gostaria muito de ir, é o "Festival das Estrelas". Nele, além de presenciar tudo o que eu disse, pode-se pendurar fitinhas coloridas com desejos escritos e depois elas são queimadas e seus desejos se realizarão.
Enfim, como dizem meus amigos "hermanos" a Liberdade "no me gusta, me encanta!"... Sayonará!

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Filmes, filmes clássicos

Quando eu era criança, passava na TV Cultura se pelo não me engano aos domingos, filmes do Carlitos, vivido por Charles Chaplin. Os filmes eram mudos e eu me sentava na sala e assistia. Gargalhava muito com as confusões que ele aprontava em seus filmes.
Na realidade Chaplin inovou e muito para a época. Era ele que criava os roteiros, produzia as músicas e fazia provocações. Tudo muito polêmico para a época! Quem assistiu "O Grande Ditador" e "Tempos Modernos" sabe muito bem do que estou falando... Quem teria a ousadia de provocar Adolf Hitler em plena guerra? E quem mais iria cutucar os padrões industrias também? Só poderia ser uma pessoa com coragem e isso ele teve!

Outro filme interessante que eu assisti foi "A Nous la Liberté". É um filme que critica a substituição do homem pela máquina. Eles acreditavam piamente que com a vinda da máquina, todos teriam mais tempo livre (o que de fato aconteceu!) mas continuariam trabalhando no mesmo local... Bom, todos sabem o que de fato aconteceu não é mesmo? O homem foi substituído e perdeu seu emprego...
Outro filme que assisti e gostei muito foi o "E o Vento Levou...". Confesso que tive que me preparar para assistí-lo afinal, é um filme extremamente longo e é preciso estar inspirado. O que mais gosto desse filme são as curiosidades. Foi o primeiro filme a cores produzido no cinema, o Clark Gable que fazia o galã (cada um tem seu gosto né? rss...) simplesmente odiava a Vivien Leigh porque ele considerava uma afronta uma atriz indiana (Sim! Ela era indiana!) fazer um filme contando sobre a guerra de secessão norte americana. O mais bizarro da história é que nas cenas de beijo que os dois faziam, dizem as más línguas que o Clark Gable mordia uma cebola com muito gosto para beijar a Vivien Leigh depois... Coitada dela!!!!
Além disso, esse filme inovou também no quesito Oscar. Foi o filme que mais ganhou oscar na época, quem o superou depois foi o Titanic, e foi o primeiro filme a ganhar o oscar pela participação de melhor atriz coadjuvante negra. Infelizmente, a atriz foi proibida de pisar no evento...
Outro filme que me marcou e também acho interessante comentar é "O Mágico de Oz". Esse filme também inovou com seus "defeitos" especiais da época e por misturar o preto e branco e o colorido. Quando Doroth está no mundo real, as cores do filme são em preto e branco e quando ela passa para o mundo de Oz, o filme fica colorido. Ah sim! Existe um boato que o cão Totó que contracena com Judy Garland no filme está hoje empalhado no museu da MGM.
Além disso, segundos boatos de alguns fãs da banda inglesa "Pink Floyd" afirmam que o disco de maior sucesso da banda o "The Dark Side of the Moon" foi totalmente inspirado no filme e se você escutar as músicas assitindo com o filme sem o som, irá perceber uma sincronia... Bom eu fiz isso e não percebi nada, hehehehe...
Esse filme lançou a atriz Judy Garland para o estrelato mas infelizmente não foi um bom negócio para ela. O papel a marcou tanto, que as pessoas não admitiam que ela pudesse crescer, ficou marcada para sempre como a menina inocente dos sapatinhos de rubi. Judy Garland entrou em depressão profunda e morreu sem um tostão. Seu enterro foi realizado com a ajuda de seu grande amigo Frank Sinatra.

Eu não posso deixar de falar do maior ícone do cinema de todos os tempos. Marilyn Monroe claro! Eu já vi alguns filmes dela e o que mais supreendeu quando vi um filme dela pela primeira vez foi o tipo de filme que ela fazia. eu achava os filmes dela seriam com personagens fatais, prontas para matar e com o que eu me deparo? Comédia! sim, Marilyn Monroe era comediante e de mão cheia! Marilyn Monroe foi muito ousada e é muito interessante ver que em nossa época da ditadura da magreza, como as coisas eram antigamente. Mulher bonita era mulher cheinha... A cena do vestido branco esvoaçante mais conhecida de todos os tempos é do filme "O Pecado Mora ao Lado". O filme causou muita polêmica, porque ele conta a história de um homem que após a esposa ir viajar com as crianças nas férias de verão se vê tentado com a nova vizinha que é a Marilyn Monroe! Detalhe! O cara passa o filme inteiro conversando com a Marilyn e em momento algum é citado um nome para a personagem dela... O filme da cena mais conhecida de Marilyn Monroe é justamente com uma personagem sem nome...Esse filme também causou desentendimento com a vida pessoal da atriz, pois pela cena do vestido, que causou muito tumulto, rendeu um divórcio para ela...


E para finalizar, eu não posso deixar de falar da minha atriz preferida, Audrey Hepburn. Para mim ela foi um ícone e está para nascer uma pessoa que chegue aos pés do talento que ela exibiu. Foi uma pessoa de boa índole, que sabia atuar e era muito inteligente. Qualquer papel que ela fazia era muito bem feito.Eu já vi muitos filmes dela e comprei alguns, "Cinderela em Paris", "Sabrina", "Quando Paris Alucina", etc... Mas o meu preferido sem sombra de dúvida é o "Bonequinha de Luxo". É um filme que trata de sonhos de uma mulher que quer tentar a vida e seu grande sonho é comprar algo da joalheria tradicional "Tiffany's & Co". Nada boba, não é mesmo? A cena que mais marcou o filme é justamente quando ela fica apreciando a vitrine da loja. Sem falar na música "Moon River" que me emociona só de ouvir e que foi composta especialmente para a atriz. Na minha viagem de navio eu pedi ao pianista do piano bar para tocá-la para mim e como sempre me emocionei... Aliás enquanto a Audrey Hepburn era viva, ela mantia parceria com a joalheria e com a grife "Givenchy" para promover as marcas. Essa parceria com a "Givenchy" começou no filme "Sabrina" e foi madrinha da "Tiffany's", escrevendo uma carta de maor para loja. Além disso, Audrey foi uma grande ativista e sempre tentou ajudar o próximo... Enfim, sempre gostei de filmes antigos e ultimamente passei a admirá-los mais. Saber como as produções eram feitas e as idéias para a produção de efeitos especiais me fascina... Hoje, os filmes também são muito bons mas existem alguns que exageram muito na utilização de recursos gráficos... Um exemplo é a refilmagem do "A Fantástica Fábrica de Chocolate", a versão atual ficou horrenda... Por isso algumas coisas tem que ficar do jeito que são para preservar seu charme, senão perde a graça... Acabei de comprar o filme "Casablanca" e estou louca para vê-lo... Amo o mundo retrô!!!!

terça-feira, 21 de abril de 2009

Recordar é viver...

Inspirada em alguns blogs que vi por ai e principalmente de meu professor da USP que depois que olhei muitas vezes o blog dele, finalmente decidi criar um blog pra ficar contando algumas histórias que queria compartilhar.
A princípio, eu queria escrever uma história baseada nos best sellers da vida mas a história não desempaca nunca, ela existe na minha cabeça mas, por enquanto não quer sair dela, ai é difícil...
Enquanto a tal história não ganha vida, eu fico por aqui no blog escrevendo sobre o cotidiano e filosofando, hehehehe...
Para começar a escrever no blog, eu vou comentar a respeito de umas fotos que saíram do fundo do baú que meu tio João Francisco resolveu desenterrar, assoprar a poeira, colocar na internet e mostrar para todos os parentes.
As fotos causaram a maior mobilização porque meu pai revirou as gavetas em casa para procurar fotos antigas e mostrar pro meu tio, outro tio foi até os locais onde as fotos foram tirada e foi lá tirar foto do lugar hoje e fora outros acontecimentos...
Essa primeira foto são meus avós Maria e João no bairro do Jardim da Saúde na rua João de Santa Maria, local onde eles moravam. Meus avós eram filhos de europeus. Eles nasceram em cidades do interior de São Paulo, minha avó em São Manuel e meu avô em Barra Bonita e antes de vir para São Paulo, eles eram trabalhadores rurais. Não sei ao certo, mas minha avó trabalhava na lavoura de arroz e meu avô era boia fria mas não sei em que tipo de cultivo ele trabalhava.
Depois de muito tempo, vieram para São Paulo e por aqui ficaram. Meu avô eu não conheci, quando eu nasci ele já havia morrido, vítima de um câncer. A minha avó eu até conheci mas como ela morreu e eu tinha muita pouca idade, eu praticamente não me lembro dela, tenho fotos dela comigo mas não me lembro de um fato concreto e nem da sua voz. Uma pena! Quando meu pai fala deles, eu sempre penso "Poxa vida! Eles teriam muita coisa para me contar!". A outra foto é meu avô João, meu bisavô Antônio e meu tio Laers. Também cheguei a conhecer meu bisavô, mas também é a mesma situação da minha avó Maria, não tenho uma lembrança concreta dele. Para não dizer que eu não tenho, eu me lembro muito bem do velório dele e deve ser por isso que até hoje eu não gosto de frequentar esse tipo de evento social, pois a última imagem gravada dele em meus pensamentos é justamente a imagem que um dia iremos passar e isso me chateia porque nem da voz dele eu me lembro...

Essa foto é meu avô com um de seus canários e meu pai. Meu avô ,segundo o que meu pai diz, era criador de pássaros, ele adorava canários e esse gosto meu irmão herdou. Quando meu irmão Fábio era criança, ele ganhou um pássaro preto de presente de seus padrinhos, o nome dele era "Bastiãozinho"e meu avô o colocou junto com os canários dele e não é que o passarinho saiu cantando por ai que nem canário?
Preciso comentar do meu pai também nessa foto, meu Deus! Nós nunca imaginamos como eram nossos pais quando jovens e quando nos deparamos com fotos antigas assim a primeira reação é praticamente a mesma, como meu pai era diferente...

Aqui é minha avó Maria e minha mãe gravidíssima do meu irmão Fábio. Minha mãe ficou linda grávida...
Aqui é minha avó alimentando meu irmão Fábio e meu avô ao fundo estava dormindo muito profundamente...

Aqui é meu pai em um de seus primeiros carros (eu me lembro desse fusca mas acho que não existia ainda!) e meu irmão Fábio e meus primos Júlio e Paulo (acho)...


E para finalizar, coloco uma foto minha com minha avó na ilustre Praia Grande... Apesar de não lembrar dela eu a estimo muito... Sempre gostei de fotos, principalmente das mais antigas porque me faz viajar no tempo e refletir de como as coisas eram na época de meus avós e meus pais... É sempre bom recordar os velhos tempos mesmo que você só participe escutando histórias das pessoas que viveram aquele momento... Bom, colocarei mais fotos antigas no decorrer do tempo e tentarei principalmente, colocar fotos da parte da minha mãe também... Como eu queria que a máquina do tempo tivesse sido inventada. Certamente, eu iria utilizá-la muito, hehehehehe...