segunda-feira, 7 de setembro de 2009

E que Independência é essa afinal?


Certo dia, estava eu com uns amigos no Museu da Língua Portuguesa e no planetário das palavras, como chamam lá, declamaram um poema de Gregório de Matos, o Boca do Inferno em forma de rap e não é que após séculos e séculos o poema continua bem atual? Pois é...
Epílogos
Que falta nesta cidade?................Verdade
Que mais por sua desonra?...........Honra
Falta mais que se lhe ponha..........Vergonha.
O demo a viver se exponha,
Por mais que a fama a exalta,
numa cidade, onde falta
Verdade, Honra, Vergonha.
Quem a pôs neste socrócio?..........Negócio
Quem causa tal perdição?.............Ambição
E o maior desta loucura?...............Usura.
Notável desventura
de um povo néscio, e sandeu,
que não sabe, que o perdeu
Negócio, Ambição, Usura.
Quais são os seus doces objetos?....Pretos
Tem outros bens mais maciços?.....Mestiços
Quais destes lhe são mais gratos?...Mulatos.
Dou ao demo os insensatos,
dou ao demo a gente asnal,
que estima por cabedal
Pretos, Mestiços, Mulatos.
Quem faz os círios mesquinhos?...Meirinhos
Quem faz as farinhas tardas?.........Guardas
Quem as tem nos aposentos?.........Sargentos.
Os círios lá vêm aos centos,
e a terra fica esfaimando,
porque os vão atravessando
Meirinhos, Guardas, Sargentos.
E que justiça a resguarda?.............Bastarda
É grátis distribuída?......................Vendida
Que tem, que a todos assusta?.......Injusta.
Valha-nos Deus, o que custa,
o que El-Rei nos dá de graça,
que anda a justiça na praça
Bastarda, Vendida, Injusta.
Que vai pela clerezia?..................Simonia
E pelos membros da Igreja?..........Inveja
Cuidei, que mais se lhe punha?.....Unha.
Sazonada caramunha!
enfim que na Santa Sé
o que se pratica, é
Simonia, Inveja, Unha.
E nos frades há manqueiras?.........Freiras
Em que ocupam os serões?............Sermões
Não se ocupam em disputas?.........Putas.
Com palavras dissolutas
me concluís na verdade,
que as lidas todas de um Frade
são Freiras, Sermões, e Putas.
O açúcar já se acabou?..................Baixou
E o dinheiro se extinguiu?.............Subiu
Logo já convalesceu?.....................Morreu.
À Bahia aconteceu
o que a um doente acontece,
cai na cama, o mal lhe cresce,
Baixou, Subiu, e Morreu.
A Câmara não acode?...................Não pode
Pois não tem todo o poder?...........Não quer
É que o governo a convence?........Não vence.
Que haverá que tal pense,
que uma Câmara tão nobre
por ver-se mísera, e pobre
Não pode, não quer, não vence.

domingo, 6 de setembro de 2009

Manual de instrução de como viver? Não, obrigada...

Dia desses estava eu, numa revistaria, olhando o que tinha de interessante e me deparo com uma revista muito famosa para adolescentes. Resolvi dar uma folheada na revista para ver o que mudou nela e não fquei muito surpresa com o que vi... Não tinha mudado nada. Continua a mesma revista fútil, cheia de cultura inútil de sempre...
Porém, no fim da revista, havia uma crônica que me chamou a atenção... A autora discutia sobre os livros de auto ajuda. Ela, como eu, temos uma opnião muito negativa sobre esses livros. Bom, eu vou contar um pouco sobre isso...
Livros de auto ajuda é o que você mais encontra nas livrarias hoje em dia. Provavelmente eles superam os best sellers da vida, como Harry Potter e seus vários volumes e a série Crepúsculo... Mas o fato é? Para que servem?
Bom, minha opinião, é extremamente radical e para mim esses livros não servem para nada, o único beneficiado nessa história inteira é apenas aquele que o produziu e conseguiu vendê-lo. De resto, não tem nenhuma serventia...
Lembro-me quando minha mãe comprou "O Segredo". Quando chegou em casa começou a ler um pouco e do nada resolveu parar de ler. Perguntei qual era o problema e ela disse que achava que se tratava de uma história com começo, meio e fim e não um manual de instrução ambulante de como viver.
Peguei o livro e comecei a folhear e me deparei com um livro cheio de regras. Tão cheio de regras absurdas que me fizeram cair na gargalhada. O livro aborda sobre o poder do pensamento positivo, nada de ruim ai mas... Os autores colocam a culpa na falta de sucesso de uns e no azar dos outros pela falta de pensamento positivo... Coisas absurdas como a pobreza da África ser o que é hoje porque a população se deixou levar... Em partes pode até ser, mas pense... Chega um momento na vida que as pessoas se cansam e se rendem e não porque é exatamente culpa delas...
Me recordo também no começo desse ano, quando passei dias maravilhosos na baixada santista de férias com minha amiga e minha cunhada. Minha amiga, vamos chamá-la de "F", estava com problemas envolvendo sentimentos amorosos e ela me mostrou um livro que ela tinha comprado "O que toda mulher inteligente deve saber" e ainda me falou: "Agora eu vou conseguir dominar o dito cujo!". Eu achei tudo isso muito engraçado... Onde íamos lá estava a "F" com o livro e a cada coisa que ela lia, ela falava "ah, por isso não deu certo! vou tentar desse jeito então..." e continuava lendo e lendo...
Obviamente a curiosidade me fez querer dar uma folheda nesse livro (deixei o meu de lado que era muito melhor) e ver o que tinha de tão mágico nesse livro. Como sempre nada de interessante, só um livro cheio de regras e cheio de "exemplos" de como nunca, jamais deveríamos agir... Tudo bobagem...
Esses livros, só fazem criar uma ilusão de que podemos ser perfeitos. E que graça tem isso? NE-NHU-MA!!!!!!! A graça do ser humano é ser imperfeito!!!!! Eu não quero ficar pensando toda hora que sou positiva e que tudo será positivo na minha vida, eu não vou ficar com meu ego lá nas nuvens porque eu sou melhor do que todos nessa vida... Isso não tem cabimento... Temos que sofrer, ser o que somos e ser felizes... Na verdade, esses livros de auto ajuda me preocupam muito... Estão instruindo as pessoas a somente conviver com vitórias e o que acontece com a derrota? Eles não ensinam isso... Entendo que independente do que aconteça conosco, devemos tirar um aproveitamento disso, seja bom ou ruim, obviamente que se conseguimos o que queremos com muita vontade será muito melhor do que perdermos e quando perdemos, pode ser que no momento o nosso mundo desmorone, mas lá para frente mesmo que demore um pouco iremos compreender que foi o melhor a ser feito...
Basta! Não quero saber de manual de instrução para viver... Muito obrigada... Ah! E minha amiga? Bom, ela colocou as regras em prática e não deu certo e hoje ela está muito melhor sem ele...

sábado, 5 de setembro de 2009

Um poema...

Onde Você Vê...
Onde você vê um obstáculo,
alguém vê o término da viagem
E o outro vê uma chance de crescer.
Onde você vê um motivo pra se irritar,
Alguém vê a tragédia total
E o outro vê uma prova para sua paciência.
Onde você vê a morte,
Alguém vê o fim
E o outro vê o começo de uma nova etapa...
Onde você vê a fortuna,
Alguém vê a riqueza material
E o outro pode encontrar por trás de tudo, a dor e a miséria total.
Onde você vê a teimosia,
Alguém vê a ignorância,
Um outro compreende as limitações do companheiro,
percebendo que cada qual caminha em seu próprio passo.
E que é inútil querer apressar o passo dooutro,
a não ser que ele deseje isso.
Cada qual vê o que quer, pode ou consegue enxergar.
Porque eu sou do tamanho do que vejo.
E não do tamanho da minha altura.
(Fernando Pessoa)

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Criando asas...


E o mundo é grande demais para ficar parado... São tempos de voar e conhecer novos horizontes. Tempos de correr atrás dos sonhos, independente do que seja. Tempos para refletir e ir a luta. Estamos em tempos de voar. Enquanto somos jovens, devemos ser pássaros mas sem esquecer de quem fomos, quem somos e quem seremos e de aprender com tudo e com todos.
Mas chegará o tempo, que iremos nos cansar da vida de pássaro, procuraremos mais em ficar no acolhimento. E ai será o momento de transformação. Deixaremos de sermos pássaros para virarmos árvores.
Iremos aplicar o que aprendemos com nossas vidas para os futuros pássaros. Será o tempo de criarmos raízes e nos estabelecer para o restante de nossas vidas.
E que assim seja e assim será... Para todo o sempre...

Devo levar meu bichinho ou não? - Meu Trabalho de Conclusão de Curso



Em nome do amor que possuo pelos animais, eu fiz ano passado meu trabalho de conclusão de curso abordando hotéis que dão a possibilidade dos hóspedes de levar seu cão ou gato, ficando com eles no quarto e sobre os hotéis específicos para os animais.
Foi um trabalho duro, bem árduo mas que valeu a pena, principalmente pelas pessoas que conheci no decorrer da produção do trabalho. Em especial, conheci um senhor, ex-professor da Universidade de São Paulo (meu conterrâneo hehehehe), Antonio F. Costella. Ele escreveu um livro intitulado de "Patas na Europa" que conta a história do cão Chiquinho, que relata sua viagem para a Europa.
Vou publicar a minha transcriação (a reprodução de uma entrevista, segundo a técnica de História Oral). Para quem gosta de animais, vale a pena ver esse livro. Eu tenho o meu, com dedicatória e tudo!
"Desde criança, eu gosto de animais. Só que quando eu era criança, gostava dos animais de uma maneira errada. Punha alçapão, arapuca, etc. para pegar passarinhos. Quando eu era menino, tive sagüis, por exemplo. Não sei de onde arrumei, talvez comprasse de alguém da rua. Houve uma casa que morei no bairro das Perdizes que tinha um terreno muito grande, tinha todo tipo de bicho. Passou do limite no dia que cheguei com um bezerrinho. No fundo, quem cuidava de todos era minha mãe. Depois de muitos anos sem ter bicho, nasceu o Chiquinho na minha casa de Campos do Jordão. A mãe dele, era a cadela do vizinho. Naquele tempo, eu ia para Campos do Jordão só aos finais de semana. Ela resolveu dar cria na minha casa. Foi ai que apareceu o Chiquinho. Às vezes, quando tinha que tratar de um negócio com uma pessoa desconhecida, eu usava o Chiquinho. Quando recebia a pessoa, já deixava tudo programado. Eu recebia o sujeito, conversava com ele e a certa altura da conversação deixava que alguém abrisse a porta para o Chiquinho entrar. Eu ficava observando a reação dele com a pessoa. Se ele embirrasse, eu tomava mais cuidado com ela. Se ele se desse bem, era um indício favorável. É claro que eu não ia decidir as coisas da vida só em função disso, mas considerava importante a reação dele em relação à outra pessoa. Ele era uma espécie de conselheiro de negócios. A primeira vez que viajei com o Chiquinho foi quando vim a primeira vez para São Paulo, depois que ele nasceu. Em Campos do Jordão, acordei com um cachorrinho chorando e fui ver, e era ele que tinha saltado a tábua. Eu o levei para dentro de casa e sentei no sofá e fiquei com ele no colo. Quando pus de volta, a Lili, que era a mãe dele, passou a desconhecê-lo. Como dois dias depois era segunda feira, fiquei com medo que ele lá ia morrer porque ela não ia cuidar dele. Para a Europa, não é que eu quisesse, é que aconteceu. Naquela época, eu dava aula na Cásper Líbero. Em Portugal, estavam montando a faculdade de jornalismo. Então, por força de um convênio, feito com a Cásper Líbero, fui para lá dar aula e na ocasião se colocou o problema do Chiquinho. Ao todo, eu ficaria três meses na Europa, porque queria ir para outros países. Eu falei com o veterinário que confirmou que provavelmente ele morreria se eu não o levasse. O Chiquinho não comia quando a gente não estava em casa, só quando eu e minha mulher estávamos junto com ele. Ele não teve tempo de aprender a ser cachorro, achava que era gente. Eu avisei que iria, mas só se pudesse levá-lo. Fiquei em um hotel diferente do outro hotel onde ficaram os outros professores. Aquele que eles ficaram não aceitava cachorro. Foi em Janeiro de 1989. Para se viajar com um cachorro precisa fazer uma exportação de animal e um atestado do veterinário que informa a situação de saúde. Tive que pegar esse atestado, levar ao ministério da agricultura que foi substituído por outro documento assinado por um veterinário oficial. Com esse documento, fui ao consulado de Portugal para pedir autorização. Na hora do embarque, tinha um veterinário esperando lá no aeroporto, que o examinou de novo. Foi mais complicado a preparação dele para a viagem porque ele nunca tinha dormido em uma casinha. Em Campos, ele dormia dentro de uma biblioteca e em São Paulo, dormia dentro de casa. Eu precisava fazer com que ele ficasse dentro de uma caixa por isso, comprei uma caixa para transporte e tentei colocá-lo e ele não queria. Fiquei tentando ensinar, colocar a comida lá dentro, para ver se ele entrava. Fui fazendo uma familiarização. Na viagem ele teve que ir dentro dessa caixa. No avião, cachorros pequenos com menos de sete quilos podem ir em uma caixa na cabine, mas no caso do Chiquinho que tinha vinte e dois quilos, teve que ir no porão. Quando chegamos a Portugal, ele estava desacordado. Ao todo, foram onze horas de viagem. Na Europa, para evitar complicações, fiz a viagem inteira de carro. Tomei a cautela de levar uma capa para pôr no banco de trás para não dar nenhum problema. Só quando fui atravessar da Itália para a Grécia, precisei utilizar um navio. Os países europeus que fui com o Chiquinho foram Portugal, Espanha, França, Itália e Grécia. Na França, nunca encontrei um hotel que não aceitasse cachorro. Lá, existem hotéis que não aceitam crianças, mas não vi nenhum que não aceitasse cachorro. Na portaria, na tabela tem o preço de uma hospedagem de um solteiro e o preço da hospedagem de um cachorro que normalmente é dez por cento do preço do que se paga pela hospedagem de uma pessoa. Há hotéis que dão comida para cachorro. Houve um, por exemplo, que chegaram a me perguntar se ele comia ração ou se ele comia comida para que então preparassem o prato dele. Um lugar complicado para se viajar com cachorro é a Grécia. É muito difícil um hotel que aceite cachorro. Na Grécia, fui obrigado me hospedar no Hilton, hotel de rede internacional. Normalmente, eu não viajo ficando em hotéis tão caros, mas fui obrigado a ir. Em Corfu, não houve nenhum hotel que aceitasse cachorro, exceto o Hilton. Em Atenas, fui direto ao Hilton até descobrir outro hotel que foi mais ou menos por sorte. Era um prédio que tinham reformado pra transformar em hotel. Tinha sido inaugurado no fim de semana, e eles estavam com pouca ocupação dos quartos. Com cachorro ou sem cachorro acharam que valia a pena alugar. Na Espanha, em Oviedo, também não encontrei nenhum hotel que aceitasse cachorro. Encontrei um que tinha garagem subterrânea, que ficava protegido inclusive do frio então, ele dormiu no carro. De uma geral, o negócio é assim, quanto mais atrasado é o país mais difícil é viajar com um cachorro. Quanto mais civilizado o povo, mais fácil você viajar com o cachorro.Houve outras atitudes que eu tive que fazer por causa dele, por exemplo, eu normalmente o levava de manhã e à noite para que pudesse fazer suas necessidades. Em viagem, ia parando o carro. Além disso, quando eu chegava ao destino, eu andava com ele antes dele dormir. Em questão de alimentação, em Portugal, foi mais fácil porque a gente comia todo dia quase no mesmo restaurante. O café da manhã era sempre igual. Houve algumas coisas que a adaptação foi fácil, por exemplo, lá eles usam muito croissant e ele gostou então, todo café da manhã, eu pegava um croissant para dar para ele. Íamos comer no restaurante, e às vezes trazíamos uma marmita para ele. Um pouco de ração tinha levado. Ele nunca tinha comido ração, estava acostumado com comida. Eu tive que acostumá-lo antes da viagem a comer ração. Nos locais turísticos, sendo em áreas externas ele ia junto. Agora, em locais fechados, ele ficava no quarto do hotel. Eventualmente, ele ficava no carro enquanto eu ia ver o que eu queria visitar. Eu não ficava insistindo em levá-lo em lugares que havia muita gente. Dei preferência na viagem, como passeio, as cidades pequenas, exceto Atenas, que eu ainda não conhecia.Viajar com um cachorro tem uma série de dificuldades, o melhor é que ele não viaje. Se ele estivesse acostumado com outras pessoas, além de nós, teria sido melhor que ele ficasse. O cachorro não tem o mesmo aproveitamento da viagem que nós. O gosto dele é estar no lugar dele. No território dele, ele se sente mais feliz. O melhor é não viajar com o animal, que não se crie tanta dependência. A única vantagem em se viajar com um animal é só afetiva, no sentido de não ficar preocupado com ele, ter a companhia dele, saber que ele está bem. É a mesma coisa quando você tem um filho pequeno. De resto é só desvantagem, porque tem a dificuldade de ficar em algum lugar, não poder viajar do seu jeito, tendo que fazer opções, fica limitante. Já idéia do livro “Patas na Europa” surgiu assim: Como nunca tinha ficado em Portugal tanto tempo, como naquela ocasião, eu pensei sobre a viagem. Por outro lado, o Chiquinho em viagem, sempre ficava no banco de trás e sempre dava uma “espiadinha”. Ele sempre ficava no banco de trás, com o queixo no meu ombro e várias vezes, eu pensava “O que será que esse cara está achando do que ele está vendo?”. Era tudo completamente diferente do que ele já viu. Quando comecei a fazer o livro da viagem, juntei essas duas coisas, fazer um livro e de como será que o cachorro viu a viagem. Eu acabei fazendo com o Chiquinho narrasse a viagem, o que me deu margem para um monte de coisas que eu não poderia fazer na primeira pessoa sendo eu como narrador. Em toda a viagem, ele vai falando com fantasmas. Ninguém pode provar que cachorro não vê fantasmas. Foi daí que surgiu a idéia!"

E vamos levar tudo isso para onde?


Fico muito intrigada, ao saber que há uma falta de respeito enorme e de gente solta por ai que é capaz de tudo, mas de TUDO mesmo para alcançar seus objetivos de vida. Pessoas que esquecem de princípios maravilhosos como amizade, amor, fraternidade, cooperação, entre inúmeros outros que estão adormecidos numa caixinha de brinquedo.Não estou falando apenas de nosso cotidiano normal. Quantas vezes não vemos notícias na TV relatando descaso com a sociedade humana em que vivemos???? Pessoas morrendo de fome, vivendo numa precariedade, sem nenhuma qualidade de vida?
Ainda tem gente capaz de afirmar que o mundo do século XXI passou por grandes mudanças tecnológicas beneficiando o mundo.Bom, concordo em partes. Tais mudanças englobam todos? Claro que não...O descaso não ocorre somente com as pessoas. A natureza também é vítima dessa indiferença humana. Quantas árvores são queimadas para darem espaço para novos pastos? Quantos animais são sacrificados à toa somente pelo capricho? Tal desrespeito com a natureza trará graves conseqüências para todos nós...Ai eu me pergunto... Para que tudo isso? Alguém avisa que tudo isso não vai levar à lugar algum ?Do que adianta levar vantagem em tudo e destruir tudo e no fim das contas no tal dia do juízo (se é que isso existe!) tudo o que foi almejado não irá levar em conta? A não ser que sejamos descendentes de famílias de grandes faraós, que supostamente levavam tudo para o outro lado da vida. Você se lembram das aulas de história que se o faraó morria todos deveriam morrer juntos? Outro aspecto egoísta do ser humano. O mundo tem sempre que girar em torno do umbigo próprio.Para que investir em tanta tecnologia se ainda existe gente morrendo por total descaso?
Creio que o “esquecimento” dos excluídos é a maior vergonha do século XXI...Nós humanos, nos achamos muito superiores em relação aos outros tipos de vida existente no mundo, mas, se somente a espécie humana existisse que graça haveria? No meu ponto de vista nenhuma...
Já pensou andar pelas ruas e não ver nenhuma planta, flor ou bicho passeando? Que sem graça... O mundo precisa de sentimentos e respeito e isso está muito raro. Diria que praticamente é inexistente e isso é ruim, pois, cada vez mais as pessoas estão virando pedrinhas de gelo ambulante... Quando há cooperação sempre há um interesse escondido por trás. Que tristeza... Tenho esperança, que ao menos existam pessoas, principalmente as crianças, que acreditem num mundo que pode melhorar, temos de colaborar com tudo e com todos. Afinal, entramos neste mundo com dia e hora marcada e saímos do mesmo jeito. Então, será que iremos levar nossos caprichos e nossa ganância para o outro lado? De jeito nenhum...

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

E vamos em frente...

Havia um tempo que eu não dava o meu ar da graça por aqui... E realmente foi um descuido meu, ter deixado um longo tempo esse meu blog de lado (minha última postagem foi em Maio!) e devido aos últimos acontecimentos de minha vidinha, resolvi escrever algo por aqui... Aliás, sempre gostei de escrever, para quem me conhece de verdade sabe do que estou falando... Sempre tive jeito para escrever, mas com o passar do tempo acho que fiquei muito enferrujada...Hoje, resolvi escrever, para desabafar tudo o que estou sentindo, acho que é o melhor a fazer, e sempre quando estive com os sentimento a flor da pele sempre consegui me expressar melhor. Não sei se conseguirei isso hoje mas vou tentar. Vou escrever de emoções, emoções femininas na realidade...Bom, pelo assunto dá para perceber que toda essa "revolta" tem algo envolvido... Recentemente passei por uma decepção, não sei ao certo se o termo "decepção amorosa" se encaixaria aqui, mas enfim, decepção porque era algo que me fez realmente sonhar novamente, aquela sensação super legal de quando se começa a gostar de alguém, aquela sensação que mal vê a hora de ver a pessoa novamente,de contar os minutos, as famosas borboletas no estômago. Até que bate aquela insegurança, aquele sexto sentido e intuição (que só quem é mulher sabe do que estou falando), alguns contratempos e desentendimentos, chegando a um ponto final, deixando muitos ressentimentos, que geralmente só ficam para as mulheres, os homens quando dão o famoso "pé na bunda" no outro dia já estão na "caça" novamente. Decepção porque o que você acreditava era apenas uma farsa...Na realidade, sempre existiram e sempre existirá diferenças no modo de pensar entre homens e mulheres, é algo que existe desde os tempos mais primórdios e mesmo nos tempos atuais ainda existe muita discusão sobre o assunto... O que para os homens é simples e descomplicado, para as mulheres é algo mais rebuscado, envovendo muitos sentimentos e isso gera conflitos, esse parte eu posso chamar de natural.Muita coisa mudou de fato, antigamente as mulheres eram doutrinadas a serem donas de casa exemplares, moças recatadas, de boa família, não precisava ser muito inteligente, aliás eram pooucas as mulheres que frequntavam escola e até mesmo faculdade. Aquela que fosse contra as idéias da sociedade da época, era mal vista e praticamente ficava com uma mão na frente outra atrás. Parta o homem não, ele podia (e ainda pode!) fazer o que bem entendesse e era (e é) considerado normal, porque se não o fizesse iriam começar a desconfiar da opção dele. Isso é muito bem aceito até hoje e geralmente isso começa em casa.Até que um belo dia, um bando de mulheres tresloucadas decidiram se juntar e fazer um protesto e queimar sutiãs por ai, para mostrar que nós poderíamos ser rebeldes a nossa maneira... Essa tentativa de protesto (para quem não sabe não foi permitdo queimar os sutiãs em praça pública) causou uma reação na sociedade, impulsionando a mulher a buscar cada vez mais seu espaço, no mercado de trabalho, na forma de se vestir e nas suas opções como mulher! Foi a época que surgiram mini saias, biquinis, anticoncepcional, etc. E isso foi ótimo, as mulheres mostraram que poderiam ousar e até serem melhores do que o sexo oposto.Hoje podemos perceber que estamos conquistando mais espaço, se você for a qualquer universidade de São Paulo, por exemplo, perceberá que a maioria nas salas de aula são mulheres, os melhores alunos são mulheres, profissões que exigem cuidados com detalhes a maioria são para mulheres, muitas empresas de renome são lideradas por mulheres e por ai vai.Também existe o lado negativo de tudo isso, as mulheres principlamente de camadas sociais mais baixas, possuem dupla jornada de trabalho, quando saem do emprego chegam em casa e ainda tem que cuidar da casa, dos filhos e do marido, fora aquelas mulheres que ficam mais bem sucedidas que o companheiro amoroso, causando atritos, levando a um possível rompimento. E além disso, as mulheres que vão contra algumas idéias impostas pela sociedade atual, são mal vistas. Aquelas que se preservam são mal vistas porque se preservaram, são taxadas de santinhas, sonsas e aquelas que são ousadas são mal vistas porque são ousadas (não preciso dizer qual o termo usado não é mesmo?). Não existe meio termo. Por isso o preconceito ainda existe, ainda existe um pouco de submissão no fim das contas. Se você não faz o que te impõe, você é excluído e isso não é justo. Somos, independente do que seja, seres humanos.Bom, como eu já disse lá no começo, as diferenças são muitas, como aquele livro (não gosto de livros de auto ajuda, se eles realmente fossem eficazes, não teria tantos exemplares de diferentes assuntos nas livrarias) "Por que os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor?" de Allan Pease, que aborda de uma forma divertida situações cotidianas entre homens e mulheres, que nos faz tirar a conclusão que essa "briga" nunca vai acabar.O homem sempre leva para o lado racional das coisas, sendo muitas vezes rude e grosseiro e a mulher sempre levando para o lado emocional, muitas vezes idealizando algo que nunca existiu e jamais existirá, criando desapontamentos. E mesmo com tudo isso, não conseguimos viver sem a presença do oposto, do nosso "ying-yang".Toda essa questão filosófica, me passou pela cabeça, quando fiquei decepcionada com o "X" da questão que relatei no começo do texto. Isso é algo que será muito frequente na vida de qualquer pessoa, nos depararmos com biotipos que se julgam os dominadores (o que no fim das contas não é, sempre aparece alguém com uma capacidade maior de manipular e dominar) e me fez acreditar que a esperança é a última que morre e que pode ser que demore muito para que encontre alguém que me faça me sentir nas nuvens novamente e vice versa, alguém que tenha os mesmos ideais que eu, ou quase, não procuro alguém que seja minha cópia idêntica, só procuro alguém interessante, longe de falar de casamento, mesmo porque esse não é meu ideal de vida, mas isso discutiremos uma outra hora.Enfim, enquanto isso, vou continuar com minha vidinha feliz de como era antes e mais do que nunca levanto o lema "antes só, do que mal acompanhado", e vou tocando em frente... Uma hora aparece, sem pressa e é ai que a mágica acontece.